Empresa apresentou valor de R$ 100 mil. Desestatização da CEEE-D é uma das medidas do governo para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal junto à União.
Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini / Divulgação
A Equatorial Participações e Investimentos venceu o leilão de privatização da CEEE-D na manhã desta quarta-feira (31). A empresa foi a única proponente e apresentou valor de R$ 100 mil.
“É uma concessão muito importante, que vai fazer muito bem ao mix da Equatorial. Ela está no segmento de transmissão, distribuição, e até em menor parcela de geração. O Rio Grande do Sul é um estado que promete muito, que representa um grande crescimento. Prometemos trabalhar diuturnamente, fazer os investimentos necessários para melhorar a qualidade”, destacou o CEO da Equatorial, Augusto Miranda.
“Estamos vivendo uma data histórica para o Rio Grande do Sul. Abrimos um processo de privatizações com a venda da CEEE-D, logo em seguida teremos a venda da CEEE-G e da CEEE-T, da Sulgás, e no segundo semestre teremos concessões de estradas, já com modelagens sendo feitas também com apoio importante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa venda por R$ 100 mil vem com um conjunto de obrigações que é levado pela iniciativa privada, a começar pelos próprios investimentos que são exigidos em um contrato de concessão e que a companhia estatal não conseguia fazer”, diz o governador Eduardo Leite.
As ações representam o controle acionário da CEEE-D, de titularidade da Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações (CEEE-Par), e foram leiloadas em lote único. A companhia atende 1,6 milhão de clientes em 72 municípios.
O Grupo Equatorial Energia é uma holding de empresas. Atende atualmente mais de 10% do total de consumidores brasileiros e responde por mais de 6% do mercado de distribuição do país.
As empresas que fazem parte do grupo são a Equatorial Maranhão, Equatorial Pará, Equatorial Piauí, Equatorial Alagoas, Geramar, Equatorial Transmissão, Intesa, Equatorial Telecom, Sol Energia e 55 Soluções.
Justiça
O leilão foi autorizado após o Tribunal de Justiça suspender uma liminar que impedia a privatização.
A suspensão havia sido concedida no domingo, pela Justiça de Bagé, após ação popular de autoria do advogado Gabriel Cremonini Barros. Foi a segunda decisão a interromper o processo de venda da estatal.
Fonte: G1