A busca por energia renovável e as críticas contra fontes como carvão e petróleo estão aumentando os investimentos em modelos diversos, entre os quais a energia eólica, que tem despontado no Rio Grande do Sul.
Agora foi anunciado um projeto em estudo para Capão da Canoa para instalar um megaparque eólico no mar, a sete quilômetros da costa. Em Osório já temos um parque eólico há anos.
Simultaneamente, carros elétricos estão circulando em alguns países, mesmo que não sejam ainda populares. Redes de combustíveis já estão providenciando carregadores para as baterias dos veículos os quais, em cerca de 10 anos, calcula-se sejam bem populares em todo o mundo.
O declínio das reservas petrolíferas em muitos países grandes produtores e a poluição causada pela energia fóssil aceleraram a busca por novas fontes não poluidoras.
A característica continental do Brasil e a sua localização geográfica são pontos de apoio importantes para o aproveitamento das fontes eólica e solar.
No caso da eólica, ambas têm permitido a implantação de parques eólicos localizados em diferentes regiões com diferentes regimes de ventos. Além disso, os fatores de capacidade dos parques eólicos vencedores dos leilões de energia têm sido mais altos do que os valores médios globais.
No caso da solar, favorecem elevados índices de irradiação em quase todo o território nacional, pelo fato de o Brasil estar situado numa região com incidência mais vertical dos raios solares.
Adicionalmente, a proximidade à linha do equador faz com que haja pouca variação na incidência solar ao longo do ano, de modo que, mesmo no inverno, pode haver bons níveis de irradiação.
Por outro lado, os principais desafios relacionados a ambas as fontes estão ligados à sua natureza variável, levando ao surgimento de problemas de estabilidade e garantia de abastecimento.
Dada a natureza não controlável destes recursos, a plena integração dessas fontes intermitentes, em particular o atendimento à carga em todos os momentos, é uma questão não trivial.
Porém, uma série de possibilidades surge para auxiliar sua inserção, como a ampliação da transmissão, o armazenamento de energia, a gestão de carga, a mudança de operação das atuais usinas e a flexibilização da carga, entre outras.
O sucesso da inserção das usinas eólicas tem servido de paradigma para a energia solar, contribuindo para manter a predominância das fontes renováveis na matriz elétrica do País pelos próximos anos.
É o futuro que está mais presente do que nunca no Rio Grande do Sul, com energia não poluidora e gerando, simultaneamente, empregos e renda.
Fonte: Jornal do Comércio – RS